Aspectos Espirituais do Controle da Natalidade

Antes de falarmos do controlo da natalidade devemos lembrar que há cerca de seis biliões de espíritos na nossa onda de vida a percorrerem os ciclos sucessivos de vida e de morte. Vivem uma parte do tempo no mundo visível e outra parte nos mundos invisíveis. Actualmente, apenas um reduzido número de pessoas desfrutam da existência física 1 . É um dos índices demográficos mais baixos, característica do final de uma época.

 Devido ao movimento extremamente lento da precessão dos equinócios, o Sol não alcançará o último grau do Aquário antes de uns seiscentos anos. Durante todo este tempo haverá mudanças maravilhosas no nosso estado físico, moral e mental, tão profundas que não somos capazes de imaginar como viremos a ser.

 Outros espíritos, ainda mais desenvolvidos que nós, ocuparão, no futuro, o nosso lugar. Introduzirão reformas ainda mais vastas. Os que nascerem depois dessa época serão grandemente beneficiados. Sempre que alguém, ou um grupo de pessoas, progride, arrasta consigo, nesse desenvolvimento, os mais atrasados.

 Nesse tempo vindouro os assuntos de natureza pública deixarão de ser exclusivamente orientados por leis humanas. As grandes Hierarquias que guiam o nosso progresso tomarão importantes decisões, como a de limitar o número de habitantes (no planeta).

 Isto não significa que não possamos ou não devamos exercer, em certa medida, o controlo da natalidade, mas sem esquecer que é nosso dever ajudar quem precisa (de renascer), independentemente dos nossos interesses pessoais. Os ensinamentos rosacruzes dizem que os semelhantes se atraem e, por isso, quem for bem formado, moral, mental e fisicamente, tem o dever de proporcionar o renascimento a tantos espíritos quanto as suas condições o permitam. E como os espíritos mais desenvolvidos não podem renascer em ambientes de baixas condições (morais e espirituais), as pessoas com mais espiritualidade devem dar especial atenção a este dever.

 Sempre que um casal não esteja em condições, físicas ou financeiras, para criar e educar os filhos, deve dominar a sua natureza passional como forma de controlo de natalidade, em vez de recorrer a métodos artificiais que lhes permitam continuar dar largas à sensualidade.

 É claro que este método requer um considerável desenvolvimento espiritual e autodomínio. Há poucas pessoas capazes de viver em castidade. Pregaríamos "aos peixes" se nos dirigíssemos a todos, indistintamente. Não compreenderiam as nossas palavras. As pessoas mundanas julgam até que a castidade é prejudicial à saúde do corpo, por não compreenderem que a virilidade não será proporcional à actividade genital.

 É necessário, portanto que essas pessoas controlem a natalidade pelos meios (anticonceptivos) que a ciência conhece. E apesar de não compreenderem as razões espirituais que aconselham a castidade, devemos repetir-lhas constantemente. Essa repetição dará os seus frutos, se não agora, pelo menos nas gerações futuras, que terão desenvolvido já o autodomínio ao ponto de poderem dominar à vontade a sua natureza inferior.
 

Max Heindel
Filosofia Rosacruz
em Perguntas e Respostas
(Perg. Nº 37, II Vol.)

written by Jário Araujo
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