Preparação Para a Vida
Cada fase ou período da vida humana requer uma adequada preparação 
que possibilite as condições mais apropriadas e convenientes para o natural
desenvolvimento da existência neste mundo. (Rev. Nº 342 - Out/ Nov/ Dez 1996) 

Cada fase ou período da vida humana requer uma adequada preparação que possibilite as condições mais apropriadas e convenientes para o natural desenvolvimento da existência neste mundo.

Logo após o nascimento, a criança necessita de meios que a preparem para o normal crescimento do seu corpo físico, base da sua personalidade.

Depois, como jovem, inicia a sua preparação escolar com vista a obter alguns conhecimentos que a habilitem para o seu relacionamento familiar e social, desenvolvendo então algumas faculdades necessárias para esse período.

Segue-se normalmente a fase de preparação par o futuro exercício de qualquer profissão. Através dos estudos ou da aprendizagem profissional, o ser humano começa a encarar seriamente a vida de trabalho.

Alcançada a profissão que escolheu e para a qual e preparou, cabe-lhe então tentar o seu exercício nas condições que lhe sejam mais convenientes e úteis.

Uma vez iniciada a sua actividade profissional, que deve abranger o período mais longo da vida neste mundo, não só com o objectivo do seu interesse pessoal e familiar, mas também com interesse para a sociedade em que se encontra inserido, tudo integrado na dignidade a que o seu trabalho deve dar lugar.

É neste ciclo da vida humana que a pessoa deve desenvolver não só muitas das suas faculdades profissionais, como, sobretudo, o seu carácter e a sua consciência, como reflexo em todos os domínios em que actua.

Atingida a idade avançada, quando a sua actividade profissional se reduz ou finda, é natural e oportuno que as pessoas se preparem para a última fase da sua existência neste mundo.

Além de ocuparem o seu tempo de algum modo, para que não se sintam inertes ou isolados, devem encarar o fim da vida material como um fenómeno natural, portanto, sem se apavorarem, tendo em conta o seu conceito de existência: se consideram a vida circunscrita ao seu corpo físico, é natural pensar que a morte constitui o total aniquilamento. Mas em tal caso deviam consolar-se com a ideia de que o fim da sua existência termina todos os trabalhos e cuidados que a invalidez e a velhice ocasionam.

Assim, e para este conceito de vida já que viver serenamente, aguardando o desfecho final, ou seja, a morte. Não vale a pena atormentar-se com o inexorável, antes devem as pessoas revestir-se de paciência, aceitando o mais tranquilamente possível os últimos dias da sua vida neste mundo.

Porém, se a pessoa idosa tem fé sincera numa existência espiritual, para essa pessoa a morte não passa do abandono do corpo material e a passagem ou transição para uma diferente modalidade de vida e de consciência, a qual deixará de estar centrada nos sentidos físicos, passando a viver em planos subtis com os meios que esses planos proporcionam.

As pessoas nestas condições devem aproveitar os seus conhecimentos religiosos ou esotéricos ao seu alcance, com vista a instruir-se cada vez mais sobre a realidade que as espera. É uma preparação muito especial a que estas pessoas idosas se devem entregar. Há uma imensidade de ensinamentos relacionados com a vida depois da morte que podem ser úteis, uma vez que sejam abordados com um claro discernimento, para evitar ilusões e confusões num campo de difícil comprovação.

Em qualquer dos casos não há que temer a morte, fazendo dela uma perspectiva horrível a que se procura inutilmente fugir. Temos de a aceitar, quer como fim dos tormentos desta vida, quer como início duma existência espiritual menos dolorosa. E certamente não nos encontraremos isolados, sendo provável que tenhamos companhia e assistência doutros seres a quem de algum modo estávamos ligados pela amizade e por afinidades de sentimentos e pensamentos.

Q. de S. V.
written by Jário Araujo
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